30 de abr. de 2008

O Rio de Janeiro continua lindo

Beto Grill - Pre. PSB Camaquã

Passei uma curta temporada na Cidade Maravilhosa. Quantos contrastes, belíssimas paisagens, povo hospitaleiro, convívio com estrelas e celebridades, entremeadas com a Dengue, a violência e a poluição.

Participei nos dias 25 e 26 de abril de um seminário nacional do Partido Socialista Brasileiro que oportunizou a qualificação dos dirigentes partidários e dos pré-candidatos a prefeito e vice prefeito de todo o Brasil. Discutiu-se Reforma Urbana, Saúde e Educação através de painéis que contavam com a participação de autoridades nos assuntos.

Agora, o ponto alto do evento foi, sem dúvida, a troca de experiências entre prefeitos, provocadas por apresentações de modelos de gestão de administrações socialistas que receberam destaque. Quanta coisa boa está se fazendo neste país! É possível inovar. Desenvolver projetos de cidades educadoras e inclusivas. É possível incrementar a economia do município e fazer a distribuição de renda, através de políticas públicas voltadas para o conjunto da população.

Debatendo, aprofundando os temas propostos e, no domingo reservado ao laser, admirando o Rio de Janeiro de cima, do alto do Corcovado, aos pés da estátua do Cristo Redentor, fica impregnada na retina a beleza incomparável, a magnitude, a magia do lugar e fica também a certeza que temos que cuidar, com carinho, com atenção, das nossas águas, bem maior da humanidade. Lá de cima do morro, se observa uma imensa cidade cercada de montanhas ao norte e ao oeste e convivendo intimamente com o mar, ao leste e ao sul. É muita água. É água poluída, são esgotos ainda sem tratamento, sujeira na beira das praias. Estão judiando da natureza.

Este contraste faz a gente refletir. Faz ver e reforçar a necessidade de se estabelecer barreiras. De não ficar parado. Procurar não poluir, não contribuir para a piora do quadro é muito pouco. Temos que passar a fazer parte da resistência, da luta pela melhora do manejo e do uso das águas.

Aí volto a Camaquã, a nossa região, servida de rios importantes e às margens da Lagoa dos Patos e constato que temos, imediatamente, que desenvolver um projeto que viabilize um avanço científico no aprofundamento do conhecimento de nossa importante riqueza hídrica e das formas de melhor aproveita-la.
Propor e executar um projeto que sirva não somente para a região. E sim construir uma estrutura que permita buscar as melhores soluções de manejo das águas para todo o Rio Grande e para o Brasil. Porque não, Camaquã sediar um CVT – Centro Vocacional Tecnológico das Águas. Um polo irradiador de ciência para todo o país e, ao mesmo tempo um novo fator de desenvolvimento para a região.

Temos tudo para pleitear e tornar realidade este desafio. Uma bacia hidrográfica complexa. Obras de barragens e um sistema de canais que modificaram o regime natural. O comportamento dos rios, da lagoa e do Oceano Atlântico, em cadeia. Universidades com experiência na área em Rio Grande, Pelotas e Grande Porto Alegre. Um consórcio de bacia já em funcionamento há algum tempo.

Está aí uma proposta concreta e exeqüível de desenvolvimento. É o novo. Aplicável ao presente e de olho no futuro. Basta querer e trabalhar.

PSB de Camaquã presente em encontro no Rio de Janeiro




O Partido Socialista promoveu, dias 25 e 26 de abril, no Hotel Othon Palace, no Rio de Janeiro, um seminário nacional destinado a qualificação de dirigentes partidários e pré candidatos a prefeitos e vice prefeitos de todo o Brasil. Quase mil participantes receberam orientações para os eixos centrais de um discurso socialista frente a realidade atual do Brasil, que servirão de base nas propostas de governo de cada município, adaptados as realidades locais.
O seminário tratava de Reforma Urbana e Políticas Públicas Municipais pelo Desenvolvimento de Cidades Inclusivas e Solidárias. Foram realizados Painéis com a participação de lideranças nacionais do partido, como o Presidente do PSB nacional, Governador Eduardo Campos, de Pernambuco, o Senador Renato Casagrande, os deputados federais Ciro Gomes, Beto Albuquerque, Luíza Erondina e o Deputado Estadual do Rio Grande, Miki Breier.
Houve a apresentação dos relatórios de três grupos de trabalho que se reúnem em Brasília há quase um ano e que formularam as propostas socialistas para as áreas de Reforma Urbana, Educação e Saúde. Na área da saúde, um dos cinco componentes do trabalho realizado em nível nacional é o presidente do PSB de Camaquã, Dr. Beto Grill.
A comitiva camaquense estava composta pelo presidente, Dr. Beto Grill, pelo vice presidente Gildo Silva, pela secretária de finanças e das mulheres Adauri Rosa e pela Letycia, representando a Juventude Socialista.
Acompanhou, também, a delegação gaúcha composta de cerca de 60 pessoas, o presidente do PSB de Chuvisca, Juliano Tejada.

Mulheres Socialistas promovem reunião


Quarta 23, a Secretaria de Mulheres do Partido Socialista de Camaquã, promoveu uma bela reunião, na sede municipal. O evento, que faz parte do calendário de 2008, reuniu cerca de 50 mulheres que debateram temas inerentes aos seus interesses. O grupo discutiu políticas públicas em geral e, principalmente, questões de gênero. A participação da mulher na política foi bastante incentivada e a luta pela mulher enquanto mãe, a mulher na condição de gestante foi outro assunto abordado. O PSB de Camaquã defende uma maior atenção com a gravidez e o pré natal. “Vamos indicar ao partido a defesa da proposta de que a gestante tenha um tratamento mais humanizado e integral durante a sua gravidez”, declarou Adauri Rosa, secretária municipal de mulheres.

28 de abr. de 2008

Beto Grill acompanha Dep. Miki Breier em encontro com Dom Roberto Paz


O presidente municipal do PSB de Camaquã, coordenador da Bancada do PSB na Assembléia, Dr. Beto Grill e o Deputado Miki visitaram o bispo Dom Roberto Paz, em Nitrói/RJ.
Lá visitaram a Arquidiocese de Niterói, no Rio de Janeiro, onde conversaram com o bispo auxiliar, o gaúcho Dom Roberto Paz.


No encontro, conheceram um pouco das atividades realizadas pelo bispo na arquidiocese e falaram sobre o forte trabalho que o deputado tem realizado em defesa da vida, na Assembléia Legislativa Gaúcha.


Miki é o coordenador da Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Vida, da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e preside a Comissão Especial para a Segurança no Trânsito. “O objetivo do nosso mandato é defender a vida desde a sua concepção até o seu fim natural. É esta a linha de nosso trabalho”, destacou Miki.


Dom Roberto foi ordenado sacerdote no dia 16 de dezembro de 1989 no Rio Grande do Sul. Aqui, atuou como vigário paroquial, professor de Direito Canônico na PUC-RS e no Seminário maior de Viamão, onde Miki foi seminarista. Foi ordenado bispo em fevereiro deste ano.

24 de abr. de 2008

ENQUANTO A CARAVANA PASSA...

Beto Grill - Presidente do PSB Municipal
Tenho realizado comentários nas emissoras de rádio e escrito artigos para os jornais, onde faço críticas e aponto o marasmo, a falta de projeto da atual administração. Procuro alertar e conscientizar a população a respeito da mediocridade do atual governo, que embora me pareça bem intencionado, não tem conseguido, nestes oito anos, identificar potencialidades e estabelecer ações concretas e planejadas para fazer o município crescer, desenvolver-se.
No dia a dia, falo com a comunidade. Visito empresas e entidades e constato que a esmagadora maioria dos camaqüenses já se deu conta da inapetência deste grupo para propor e executar políticas públicas de transformação. Está se formando, aos poucos, um sentimento de desconfiança, a consolidação de uma opinião pública de contestação. O reconhecimento que a atual administração não tem norte. Não tem projeto, não tem objetivos. Faz apenas o convencional. O óbvio. Atende a demanda que se lhe apresenta no cotidiano e executa, com dificuldades, com imperfeições, as obras dos mirrados e aleatórios recursos de emendas parlamentares que os deputados destinam para Camaquã. Estas completamente independentes de uma proposta, de um planejamento que priorize ações pré-estabelecidas.
Falo, denuncio, repercuto a voz das ruas e já começam as reações. Mas, observem. Quem reage? Quem se sente incomodado? São aqueles que têm interesse. Ou estão no Executivo ou no Legislativo, ou tem os seus “pendurados” direta ou indiretamente na administração pública. Não são isentos para discernir entre o interesse do município, do povo camaqüense e os próprios.
Assim, o fundamental, neste momento, é não perder o foco do debate. O prioritário é avaliar o que está sendo realizado e o que se pode fazer para Camaquã crescer, retomar o rumo.
O próprio informativo que a atual administração está distribuindo para divulgar seus feitos serve como subsídio para reforçar a minha tese. O que se observa são ações soltas, esparsas, que não obedecem a nenhum critério, que não fazem parte de um plano que tenha continuidade. Início, meio e fim.
Este é o debate oportuno. Este é o desafio. Onde estamos enquanto município de grande potencial? Para onde vamos nestes próximos quatro anos, ou dez ou vinte.
Não vejo, jamais vi, qualquer documento que relacione, que estabeleça nexo causal, que tenha conteúdo filosófico, que seja um referencial das intenções do governo.
É um governo de manutenção. Não tem projeto.
Felizmente, avizinha-se uma campanha eleitoral e, em poucos meses, ter-se-á estabelecido o clima, as condições adequadas para se realizar o verdadeiro debate. Os protagonistas vão ter que se explicar. Vão ter que se expor, não por pré-postos desqualificados, mas eles mesmos, os atores principais, os responsáveis pelas diversas correntes de pensamento. Vai haver o contraditório, vão se pesar os prós e os contras.
Ganhará com isto, seguramente, o povo camaqüense.

BIBLIOTECA DO CRISTAL RECEBE PREMIAÇÃO ESTADUAL

A Senhora Simone Mendonça da Silva, responsável pela Biblioteca Pública Luiz Carlos Barbosa Lessa, do município de Cristal, recebeu um lindo troféu, em evento realizado dia 22 de abril, no Teatro São Pedro.
A premiação foi oferecida pela Câmara Rio-Grandense do Livro e foi destinada para apenas cinco instituições em todo o Estado. O reconhecimento do trabalho realizado é o coroamento de um projeto que se desenvolve há oito anos e que já rendeu uma menção honrosa, no mandato do prefeito Beto Grill, prêmio concedido pela Assembléia Legislativa à Administração Municipal de Cristal.
Está de parabéns a Simone e a sua brilhante equipe de trabalho, que demonstram que é possível fazer mais e melhor quando se tem vontade, capacidade e dedicação.

PSB de Camaquã presente na Copa Santa Alta




O Partido Socialista Brasileiro esteve presente, no último domingo, na festa de abertura da Copa Santa Alta, para prestigiar o interior do município. Lá se fez presente a direção partidária através do presidente Dr. Beto Grill e de Gildo Silva, Flávio Barbosa, José Júlio da Silva (Julião), Luís Montreal de Freitas (Tito), Cláudio Kszesinski e Daniel Rodrigues que levaram os cumprimentos dos socialistas ao povo daquela comunidade e aos esportistas, em gera

PSB de Camaquã participa de encontro nacional

Uma delegação de do Partido Socialista de Camaquã, composta pelo presidente municipal, Dr. Beto Grill; pelo vice, Gildo Silva, e pela tesoureira, Adaurí Rosa, estará participando de um encontro nacional do partido, que reunirá lideranças de todo o Brasil para discutir estratégias e qualificar os quadros dirigentes, com vistas a obter o melhor desempenho possível nas eleições municipais de outubro próximo.
O encontro será realizado nos dias 25 e 26 de abril na cidade do Rio de Janeiro, e a comitiva Gaúcha estará composta de mais de 70 pessoas.

17 de abr. de 2008

Artigo: Novelização

Beto Grill (Pres. Municipal de Camaqua - Coord. BAncada do PSB/ALRS)
É renitente. Toda vez que algum crime violento ocorre no país, nossa sede vampiresca vem à tona. Somos tomados pela necessidade de acompanhar cada fato, cada pista ou pingo de sangue que possa levar à solução do caso. Teorizamos.

Enquanto isso, na periferia, nas classes menos assistidas (auxiliadas e vistas), casos de violência são diários. Desta vez, como já aconteceu anteriormente, é a classe média que atiça a curiosidade da mídia, locupletada por índices de Ibope e pela rivalidade de emissoras.

Para gerar audiência, não é necessário ser famoso. Também não é preciso cair de avião, como os Mamonas, ou comover a nação, como foi com a morte do Senna. Em 2007, as câmeras se voltararam, com extensa cobertura, para o ocorrido em uma escavação no metrô de São Paulo. Sete vítimas anônimas.

Em todos os acidentes, violência, morte e a devoção do público ao caráter de novela que o noticiário empresta ao tema. No caso do metrô, a atenção só foi dada porque era uma obra pública, envolvendo gastos de políticos e empreiteiras em um bairro de classe média. Em qualquer dos casos, a curiosidade mórbida!

Desde o final de março, a imprensa dá cobertura ao caso da menina Isabella, que possivelmente foi arremessada pela janela de casa após ter sido agredida (já não vem ao caso por quem, mas quanto se pode gerar em números). Nosso sadismo, em meio a suspiros, alimenta a cobertura do incidente.

Com essa audiência, a mídia mostra muitas lágrimas. Túrgidos, regozijamo-nos com a tristeza, somos capazes de ter pesar pela situação da qual nos aproximamos através da televisão. Usurpação do sentimento de dor daqueles que estão envolvidos.

Com isso, afirmamos que, se é verdade que uma imagem vale mais que mil palavras, quando houver lágrimas, esta verdade vale ainda mais. Tudo, hoje, é televisionado, não importa o meio, há tecnologia suficiente. Imagem é tudo!

Na última teça (08), quiçá motivada pela cobertura da mídia, pelas manchetes, pelas correntes da Internet, um bebê de oito dias foi “deixado cair” pela mãe. A criança despencou de uma altura de cerca de dois metros e sofreu ferimentos leves. Provavelmente, não veremos mais notícias sobre o fato. Não houve nem morte nem sangue. Para piorar, a mãe é pobre.

Por óbvio, não é a imprensa, a mídia em geral ou a televisão que devem ser responsabilizadas pelas atitudes criminais e impensadas que alguém possa ter cometido. Porém, a morbidez pública presta-se a motivar a busca da audiência pela audiência.

Por fim, mea culpa (nossa), pelo desejo do mórbido, do sangue, da violência — desde que distante. Entretanto, não seria, então, a hora da mídia mudar de atitude, com maior cometimento quando desses acontecimentos, e assim influenciar a atitude da população? Não é a hora de rever o conceito de audiência?

Programa nacional incentiva ampliação de armazenagem


Escrito por Assessoria de imprensa
[11/04/2008]
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança nesta segunda-feira (14), em Brasília, um programa de incentivo à ampliação da capacidade de armazenagem para o setor cerealista brasileiro. O programa prevê financiamento de R$ 300 milhões, a juros de 6,75% mais 1% (BNDES) e de 1% a 3% na operação de bancos públicos e privados.
Com uma taxa de administração de 0,5%, o empreendedor terá prazo de 96 meses para pagar, e três meses de carência. “O programa chega num momento de colapso da capacidade de armazenamento, provocado pela expansão das fronteiras agrícolas e o uso de novas tecnologias que têm ampliado a produção”, afirma o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque.
Procurado pelo setor, o deputado promoveu o trabalho de elaboração do programa entre o BNDES e os cerealistas. Atualmente, a defasagem de infra-estrutura de armazenamento chega a 7,2 milhões de toneladas no país. A região sul vive a situação mais crítica, com 6,8 milhões de toneladas em defasagem para uma produção total de grãos de 58 milhões de toneladas. O programa vai atender a empresas com faturamento bruto de até R$ 500 milhões/ano.

Ciro Gomes pode tentar a presidência pela terceira vez em 2010

Jornal do Comércio - Porto Alegre, 14/4/2008

Aos 50 anos de idade e 30 de vida pública, Ciro Gomes é um político de língua afiada. "Digo o que penso. Cultivo essa coisa de ser franco", admite o deputado federal do PSB pelo Ceará. Ele reconhece que tem fama de pavio curto e lamenta algumas de suas declarações. "Já disse muita bobagem por imaturidade", conta. Por outro lado, afirma que, ao longo dos anos, acumulou experiência e que, entre os erros que cometeu, nenhum pode ser associado ao desvio de um centavo de recursos públicos.

Ciro foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e da Integração Nacional no primeiro mandato do presidente Lula. Para ele, o pior momento de sua vida pública foi o período do escândalo do mensalão, denunciado em 2005. "Vi o País na eminência de um golpe de Estado. Vi a grande imprensa brasileira, de forma chocante, virar um partido político". O deputado recebeu a reportagem do Jornal do Comércio, na sede do PSB gaúcho, durante visita a Porto Alegre para participar do Fórum da Liberdade. Na conversa, Ciro fala da conjuntura política nacional e sobre as articulações para as eleições de 2008 e 2010, quando poderá se candidatar pela terceira vez à Presidência da República.

Jornal do Comércio - O senhor tem dito que está mais maduro. É uma indicação de que se sente preparado para disputar a Presidência?Ciro Gomes - Acumulei uma experiência e agora cultivo um olhar sobre os erros que cometi. Tenho orgulho de dizer que nenhum deles alcançou nenhum centavo do dinheiro público. E são 30 anos de vida pública. Já disse muita bobagem por imaturidade. Na última campanha que fiz à Presidência da República, tinha 45 anos. Fui governador com 32, até hoje o mais jovem da história do Brasil. Fui prefeito da quarta maior cidade brasileira em população aos 29 anos. E já tinha sido antes disso duas vezes deputado. Fiz 36 anos no Ministério da Fazenda, quando a Constituição brasileira só permitia que alguém fosse candidato com 35 anos. Sofri muito. Tudo foi um aprendizado. E parte das coisas (que disse) não é por ser linguarudo não. É uma indignação que não quero sufocar. Não quero virar um velhaco, um cara frio, olho de cobra. Sei dizer as frases politicamente corretas que as pessoas gostam de ouvir, mas abomino isso. O que não me autoriza a ser azedo, agressivo, o que já fui muitas vezes. Estou achando o equilíbrio, o resto é experiência mesmo.

Jornal do Comércio - Qual seu plano para 2010?Ciro - Lutar entusiasticamente para que o espaço conquistado na representação do que significa essa coalizão ao redor do presidente Lula avance, não dê para trás. Não estou falando de conservar, estou falando de avançar. Vou estar nessa luta com grande entusiasmo. Qual é o meu papel? Não sei.

JC - E a possibilidade de o senhor ser candidato?Ciro - Fui candidato do Brasil duas vezes. Seria honesto dizer que não sou candidato? Não. Posso ser candidato. Mas para ser candidato tem que ter uma certa naturalidade. O que procuro fazer é me preparar, me manter descente, enfim, ter linha. E isso estou fazendo. Adoro. Venho para cá, participo durante dias, converso com as pessoas, escuto, vejo. Na outra semana vou não sei para onde, dou opinião para defender a Dilma...

JC - Essa era a próxima questão...Ciro - Os políticos convenientes querem sair dos assuntos polêmicos. Eu me ofereço. Qual o papel da liderança política? Não é hegemonizar o poder. O papel da liderança política verdadeira é ajudar a formar opinião, organizar, repartir com a inteligência coletiva sua visão de mundo, e isso que vai permitindo à humanidade avançar.

JC - Como o senhor tem acompanhado a polêmica sobre o dossiê?Ciro - Primeiro é preciso dizer que Dilma é mencionada como possível sucessora de Lula. A partir daí, existe um centro clandestino no conservadorismo brasileiro, cujo epicentro é a oligarquia de São Paulo e sua fração de influência na mídia, que quer subtrair da população esse julgamento. Na política brasileira, todo mundo é pilantra até que se prove o contrário. A democracia só não acaba porque o povo, ao fazer esse juízo generalizante, isola fulanos, beltranos e sicranos. Senão, a democracia acabaria aí mesmo. Essa é a premissa do golpe de 1964, feito com um discurso moralista igualzinho. Os políticos estão sob suspeita. Então, você pega uma coisa qualquer e joga. Quando é sob uma instituição, ela se recicla. Quando é uma pessoa, ela pode ser destruída. Isso é fascismo do mais puro calibre. A Dilma é decente, trabalhadora, patriota, está a serviço do País 24 horas por dia sem descanso. É a principal gestora do governo, hoje mencionada como possível candidata por merecimento. Então, vamos tratar de detoná-la. Quem fala desse assunto? A revista Veja, que publicou uma capa dizendo que o PT iria receber o dinheiro de Cuba, e que se provou falso e ela nunca pediu desculpas ou se desdisse. Que disse que o PT recebeu o dinheiro das Farc, o que se provou falso, e também nunca pediu desculpas. É a liberdade de imprensa, mas a contratação de liberdade é responsabilidade. Se ela (a Veja) quer assumir em editorial que é contra nós, está tudo certo. Vai ficar com equilíbrio, como a defesa da moralidade. A Casa Civil, que é chefiada pela Dilma, é a guardiã institucional dessas informações nos cartões corporativos. A Dilma tem não só o direito, mas o dever, de ter a senhoria dessas informações. Se a oposição, PSDB, DEM, levanta um escândalo contra o governo Lula, em relação aos cartões corporativos, o que não se perdoa... O cara comprar tapioca com cartão corporativo a R$ 8,00 não é corrupção, mas uma frouxidão moral que não se deve praticar. Quem vaza isso para a revista Veja? É o que a inteligência brasileira precisa saber porque sumiram com essa informação. Quem vazou o dossiê para a revista Veja é o senador Álvaro Dias do PSDB do Paraná. Recapitulemos: a ministra Dilma, para ofender o PSDB e a oposição, quebrou o dever funcional de sigilo das informações que estão sob sua guarda e, para fazer esse serviço porco, chamou Álvaro Dias, violento adversário nosso, pedindo a ele, naturalmente com discrição, que entregasse para a revista Veja. Venha com outra.

JC - O senhor vem com freqüência ao Rio Grande do Sul. Qual é a importância do Estado para o Brasil?Ciro - Me proponho a vir uma vez por mês há muitos anos. Quem conhece a política brasileira sabe que quando o Rio Grande do Sul e Minas Gerais estão ativos, participantes do processo, o Brasil avança, às vezes, aceleradamente, como foi na Revolução de 1930. Seja pela crise financeira, seja pelas questões políticas, Minas e o Rio Grande do Sul, nos últimos anos, andaram muito desmoralizados. Minas está se reconciliando e o Rio Grande do Sul também. Eu cultivo isso por pensar no Brasil uniforme, unido.

JC - Um pouco fora do eixo Rio-São Paulo?Ciro - Não é eixo Rio-São Paulo. A oligarquia política que hegemonizou o processo de São Paulo nos últimos anos tem feito muito mal ao Brasil. E flagrantemente pretende monopolizar a política nacional. Isso não podemos permitir, porque está gerando ressentimentos e desequilíbrios graves no País.

JC - Como está a articulação do PSB nos municípios do Rio Grande do Sul?Ciro - Nós, do PSB, estamos nos guiando por um critério. Vamos lançar o máximo de companheiros do partido. Não podendo ser um companheiro do partido, vamos priorizar companheiros do bloco de esquerda, que reúne PCdoB, PDT, PSB, PMN e PHS. Fora disso, vamos priorizar as alianças que fazem sustentação do governo Lula. Fora desses três critérios, só com a autorização, nos municípios menores das executivas estaduais, e nos municípios maiores, da executiva nacional.

JC - E em Porto Alegre qual seria a opção?Ciro - Tínhamos nas preliminares o Beto Albuquerque, que freqüenta números bastante estimulantes. Mas o projeto do partido é que ele deve se preparar para ser nosso candidato a governador. Isso é um projeto nosso. Não estou pondo data. Estou dizendo que nosso projeto para ele é prepará-lo para ser nosso candidato a governador do Rio Grande do Sul. Que é o estado brasileiro mais debilitado sob o ponto de vista das finanças públicas: 18% do dinheiro do povo do Rio Grande está indo para pagar a dívida. Isso não é razoável e está causando grandes prejuízos ao povo gaúcho e, portanto, ao povo do Brasil, porque isso enfraquece a presença do Rio Grande do Sul na política. O Beto está estudando isso, e eu, como assessor, como político mais velho, que estudou um pouco esses assuntos, estou à disposição dele com equipes para pensar modelos, matrizes... Aqui em Porto Alegre estamos indo para o segundo critério, de priorizar o apoio do bloco. Acabei de visitar meu companheiro Vieira da Cunha (presidente nacional do PDT) e Mateus Schmidt (presidente regional do PDT). Idealmente, sonho que o bloco se apresente coeso. Mas, evidentemente, é só um sonho. A única coisa que pedi foi que, se esse sonho não pudesse se praticar, se preserve, em nome do interesse nacional, a cordialidade, a fraternidade e a generosidade entre nós.

JC - Há reciprocidade para esse pedido entre os partidos?Ciro - Me senti muito feliz. Não só pela forma cortês e generosa que mais uma vez me receberam, mas pelos sinais que me dão de que, sem dúvida, vai acontecer ou a coesão, que é o ideal, ou uma bem discutida fórmula de participarmos do processo nos seus dois turnos. Também conversei com o PCdoB e com a Manuela pelo telefone.

JC - E a candidatura de Manuela D'Ávila?Ciro - O PSB local deu alguns passos na direção da Manuela. Os companheiros do PDT têm uma situação muito mais complexa, eles participam do governo Fogaça. Tenho respeito e estima pelo prefeito Fogaça, e é absolutamente normal e legítimo que o PDT necessite de um tempo para maturar isto, permanecer ali, e, inclusive, apresentar um candidato próprio. E nós respeitamos esse tempo.

JC - Qual foi a sua abordagem na palestra durante o Fórum da Liberdade?Ciro - Minha ponderação ao Brasil, nos fóruns acadêmicos ou políticos em que participo, é que não permitamos que ideologias nos sejam impostas como ciência. Ideologias têm premissas apaixonadas que não correspondem à realidade. Basta ver quantos sonhos se frustraram. A queda do muro de Berlim é um símbolo da frustração de uma concepção porque tinha uma premissa ideológica e as conseqüências não se adequaram à realidade. A ciência não. A ciência precisa de premissas demonstradas e de evidências da realidade para se provar. Nesse sentido, quero dizer que a liberdade de comércio deve ser a continuação de todas as outras liberdades. Nada que iniba a aproximação de pessoas no planeta é intrinsecamente bom. Porém, as condições reais de empreender, ou seja, de trabalhar, de produzir, de comercializar e de competir não são globais. O Brasil foi durante 20 anos campeão mundial de taxas de juros e hoje, graças aos avanços do governo Lula, somos vice-campeões mundiais. Numa condição tão assimétrica, tão desigual, o competidor não suporta. E começa então a constranger decisões de investimentos e a gerar passivos. E são passivos externos em dólar, que já quebraram o Brasil três vezes. Temos passivos sociais explosivos. A taxa de desemprego saltou de 4,5%, quando eu era ministro da Fazenda, em 1995, para 14% de desemprego depois do mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando o Lula tomou posse. A questão da economia política brasileira é buscar um modelo que oriente coordenadamente governo e empreendedorismo privado para superar as assimetrias.

JC - Um levantamento do Senado mostra que no ano passado tivemos mais Medidas Provisórias do que leis. Isso não é um problema?Ciro - Isso é um falso problema. Uma reclamação corporativista de meus iminentes colegas, que põem a culpa de um problema grave num culpado errado. O problema grave é baixíssima produtividade do Congresso Nacional. O Parlamento deve ter a responsabilidade de fazer os negócios do Estado funcionarem. Senão fica essa maluquice: um Executivo com a responsabilidade de fazer os negócios funcionarem e um Parlamento com a tarefa de legislar ao seu tempo. Então, temos duas formas de resolver. Uma é o parlamentarismo. A maioria é parlamentar, vai lá e governa. Mas, se hoje explode uma crise na Malásia e é preciso alterar a norma brasileira, você vai mandar um projeto de lei que passa por um rito de comissões, entra num bate-boca infernal, o mesmo deputado fala seis vezes a mesma cosia numa sessão só. Fico oito horas sentado esperando para apertar o botão e dizer sim, eu concordo com isso aí. Isso quando chega ao plenário. Há um erro de engenharia institucional no Brasil. A nossa Constituição é parlamentarista. E arrematou no fim o presidencialismo. Isso é um impasse institucional. Sou parlamentar, mas digo que sem medida provisória o Brasil é ingovernável.

JC - Como foram suas experiências como ministro da Integração Nacional, no governo Lula, e na Fazenda, com o ex-presidente Itamar Franco?Ciro - De boa lembrança foi o planejamento que não existia e que montei, por delegação do presidente Lula, com os números e os endereços do problema do desequilíbrio no território das conquistas do desenvolvimento brasileiro. Tenho documentado com números a situação da Metade Sul do Rio Grande do Sul, que foi a região de subespaço nacional que mais regrediu no País nas últimas décadas. Ao mesmo tempo que esse diagnóstico permitiu me dar o endereço, pude também embrionar uma terapêutica. Isso foi o lado melhor. E o pior, claramente, foi estar no grupo de seis ministros que administraram as matrizes do dito mensalão. Aquilo foi um constrangimento grave. Vi o País na eminência de um golpe de estado, de conseqüên-cias funestas. Vi a sociedade brasileira ser induzida a crenças absolutas. Vi de forma chocante a grande imprensa brasileira virar um partido político. Vi também pessoas que não tinham o direito de falharem no campo moral, numa hora em que o País pela primeira vez em sua história moderna tem um presidente progressista, de esquerda, um País equacionando as coisas todas para superar os gravíssimos problemas que se agravaram recentemente no Brasil. Isso me machucou muito. Tenho orgulho de ter ajudado a esconjurar essa crise, modestamente, mas isso foi disparado no pior momento da minha vida pública.

Informativo Dep. Heitor




Informativo Deputado Miki


Informativo Deputado Beto


10 de abr. de 2008

PSB faz roteiro pela Campanha e Fronteira Oeste do Estado



O Dr. Beto Grill, presidente do PSB de Camaquã, na condição de Coordenador da Bancada Socialista na Assembléia Legislativa gaúcha esteve acompanhando os Deputados Federais Beto Albuquerque e Ciro Gomes e o Deputado Estadual Miki Breir em roteiro pelo interior do Estado.
Na sexta-feira 4, o Deputado Ciro Gomes proferiu aula magna na URCAMP em Bagé, para mais de 300 alunos da universidade, além de diversas autoridades políticas e acadêmicas da cidade. Lá abordou o tema do desenvolvimento das áreas de fronteira.
No sábado pela manhã, em Livramento, o Dr. Beto Grill acompanhou o Deputado Miki Breier em reunião da Comissão de Representação Externa da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que tratou da questão da energia eólica e de sua instalação na região.
No fim da manhã do mesmo dia, a comitiva foi recebida pelo Prefeito Minicipal Vainer Machado, no salão nobre da Prefeitura, onde os deputados concederam uma entrevista coletiva a diversos órgãos da imprensa da região.
À tarde, foi a vez do Prefeito Nei Padilha recepcionar os visitantes na linda Rosário do Sul, em reunião com centenas de pessoas em um salão às margens do rio Santa Maria. Na ocasião, Ciro Gomes, o deputado federal proporcionalmente mais votado do Brasil, nas últimas eleições, lembrou que, quando era Ministro da Integração Regional, realizou os estudos da realidade da região e tomou as primeiras providências para viabilizar a construção de uma grandiosa barragem que começa a ser construída naquele município.

Dr. Beto Grill participa de atividade em Livramento


Aula Magna na URCAMP proferida pelo Dep. Ciro Gomes




Beto Grill, Beto Albuquerque e Ciro Gomes em Santana do Livramento

Jauri Oliveira é deputado emérito




Foi aprovada hoje, por unanimidade, a indicação do ex-deputado Jauri Oliveira para a outorga de Deputado Emérito do Parlamento Gaúcho. Essa é a maior distinção conferida a ex-parlamentares que prestaram relevantes serviços ao Estado. A indicação foi do deputado Heitor Schuch (PSB), que desde o seu primeiro mandato vem tentando distinguir o deputado socialista, precursor da bancada do partido nesta Assembléia Legislativa. Seguindo os ensinamentos de Che Guevara, “ser capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, é a qualidade mais bela de um revolucionário”. Essa indignação, diz o deputado Schuch, é a principal característica de Jauri que, aos 77 anos, permanece em busca do ideal socialista.



Vereador, prefeito durante duas gestões em São Luiz Gonzaga e duas vezes deputado estadual, em 1982 elegeu-se para a primeira legislatura e reelegeu-se em 1986, sendo que neste mandato foi deputado constituinte em 1988 e 1989. Em sua atividade no Legislativo, o destaque é para o projeto que instituiu no Estado o Fundo de Terras (Funterra), que mais tarde veio inspirar o programa adotado em âmbito nacional para o crédito fundiário.



Izabel Rachelle – assessoria de imprensa – 8/4/2008 – (51) 3210-2481 e (51) 9314-5697
Obs.: a foto é da entrega do prêmio Mérito Farroupilha, em 2005, com Heitor Schuch, Jauri Oliveira e Beto Albuquerque

Berço Esplêndido

Beto Grill (Pres. PSB Camaquã)

Neste fim de semana estive acompanhando o Deputado Estadual Miki Breier e os Deputados Federais Beto Albuquerque e Ciro Gomes, todos do PSB, pela região da fronteira com o Uruguai.
Ouvi do Deputado Ciro Gomes, em brilhante aula magna proferida na URCAMP de Bagé, que a metade sul do Rio Grande é a região brasileira que mais deprimiu economicamente nos últimos anos. Evidente que ainda não é tão pobre como o sertão do Piauí ou o interior da Amazônia, por exemplo. Pois lá a miséria era absoluta.

Nesta metade sul estão incluídas a zona sul, a campanha, a fronteira oeste, o centro sul do estado e a nossa região sudeste, a chamada costa doce. Todas experimentaram uma depressão nos últimos vinte anos do século XX. Algumas já começam a retomar o desenvolvimento, fruto do resultado de grandes esforços de seus governantes. Uma mudança de mentalidade, de prioridades. Disposição de ousar. Trabalho, dedicação.

Lá, em Bagé, Livramento e Rosário do Sul, municípios que visitamos, pode ser observado uma reação, uma tomada de posições. Grandes investimentos em silvicultura e em fruticultura (já temos em Livramento um polo de vitivinicultura expressivo). A luta política para a redução da faixa de fronteira de 150 para 50 quilômetros. O Deputado Beto Albuquerque defende a existinção completa desta área onde a limitação de investimentos vem atravancando o desenvolvimento da região há dezenas de anos. Como agravante, temos os privilégios do comércio de fronteira para o Uruguai, onde os brasileiros podem fazer compras nos free shopps, enquanto os Uruguaios estão proibidos de comprar no Brasil. Luta-se, também para equiparar os direitos dos dois lados.

Mesmo assim, a região fronteiriça reage.

Participei, sábado pela manhã, de um encontro da Comissão de Representação Externa da ALRS da Energia Eólica em Livramento, sob o comando do Deputado Alberto Oliveira e com a presença de mais três deputados, que lá buscavam unir as forças políticas e empresariais da região para a pronta instalação de Parques Eólicos.

Obras públicas de infra-estrutura são volumosas em todos os municípios visitados. Novas universidades se instalam. O progresso começa a chegar, criando mais empregos, aquecendo a economia.

Volto para cá. Para a nossa região, para a minha cidade de Camaquã e o que vejo? Quase nada. Frentes de calçamento incipientes. Um pórtico que beira ao ridículo. Um comércio valente, mas debilitado. Um modelo produtivo conservador. Um governo sem inspiração, sem mobilidade, que eu denomino: governo de manutenção!

Tenho chamado a atenção que nós precisamos olhar para o exemplo da metade norte do Estado, para a serra. Agora nem isto é preciso. Já temos exemplos positivos na nossa região sul.
Ou vamos continuar dormindo em berço esplêndido?

Artigo: Criminalidade que assusta

Heitor Schuch, deputado estadual do PSB
A criminalidade, que antes assolava apenas as grandes cidades, já não poupa a zona rural. Longínquos municípios, onde as pessoas deixavam portas sem tranca nem chave, hoje estão com muros cada vez mais altos, cercas eletrificadas, arames farpados, câmeras de vigilância e, pasmem, segurança privada. Isso porque centenas de propriedades vêm sendo assaltadas e os seus proprietários sofrendo os mais diversos tipos de violência e de constrangimento.

Pesquisa do Ibope divulgada na primeira semana do mês de abril destaca que a Segurança Pública é a segunda maior preocupação dos gaúchos, perdendo apenas para a Saúde. Por isso mesmo, os Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, reuniram-se em Santa Cruz do Sul no último dia 7 de abril a fim de debater o tema e solicitar que o Poder Público tome as providências cabíveis. No mesmo dia, houve manifestação em Rio Pardo, clamando por mais segurança.

Se a população das cidades vive cada vez mais insegura, o que dizer dos moradores do meio rural, onde as casas ficam bastante distantes umas das outras e não há como montar estratégia de proteção – e ainda há o agravante de quererem proibir o uso de espingardas. Não bastasse o prejuízo financeiro, fica o abalo moral e emocional, especialmente para as pessoas idosas que na maioria das vezes são agredidas.

O Governo do Estado precisa começar a encarar esta questão de frente. É preciso investir na qualificação e aumento do efetivo e na manutenção e renovação dos equipamentos. É preciso ter mais policiais na rua, aumentar o número de vagas nos presídios, tornar a nossa justiça mais ágil, a fim de reduzir a certeza de impunidade para os delinqüentes.

Entendemos que o Estado precisa, através de suas forças policiais, agir com dureza contra a criminalidade, coibindo os pequenos e grandes crimes. Pobreza não é sinônimo de criminalidade, como muitos apregoam – a grande maioria da população pobre é honesta, trabalhadora e sobrevive com o piso salarial estadual.

Resta esperar que a governadora Yeda Crusius e o secretário da Segurança Pública José Francisco Mallmann priorizem, de uma vez por todas, a segurança pública, para que as famílias gaúchas parem de chorar por mortes estúpidas, provocadas pela ineficiência do Estado.

Defendendo a vida

Deputado Miki Breier (Publicado no Correio do Povo de 08/04/08)
Criamos na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul a Frente Parlamentar em Defesa da Vida. Parece algo tão óbvio que alguns chegam a qualificar a iniciativa de desnecessária. Mas não é.

Para além das questões religiosas e da crença de cada um, a comunidade científica não tem consenso sobre uma série de questões que envolvem a vida humana. Aborto, eutanásia, doação de órgãos, pena de morte são apenas alguns temas que geram muitos debates polêmicos. O mais recente é o que trata a lei 11.105/2005, conhecida como Lei da Biossegurança, que permite a manipulação de embriões humanos em busca de células-tronco para terapias clínicas e genéticas. Antes de simplesmente considerarmos fundamentalistas ou obscurantistas quem questiona tais medidas é preciso termos clareza do que exatamente está em debate.

Claro que é fundamental investirmos no avanço da ciência para a busca de curas e de melhoria da qualidade de vida de tantos que sofrem inúmeras enfermidades. Posicionar-se contra a ciência é uma insanidade.

Porém, aprofundar a discussão sobre onde se dá o início da vida e onde ela termina e até que ponto podemos manipular a vida humana é algo fundamental.

O congelamento de embriões humanos em tanques de nitrogênio líquido passou a ser utilizado como forma de permitir a casais impossibilitados de fecundarem a chance de poderem gerar seus filhos e filhas. Estes embriões são portanto frutos da união do espermatozóide com o óvulo, à espera de um útero que os acolha e que permita o seu desenvolvimento até o nascimento. A afirmativa de que somente depois de quatorze dias é que começa a surgir o sistema nervoso não contradita a assertiva que um novo indivíduo já está em formação desde o momento da concepção. O problema que surge a partir deste processo de fecundação "in vitro" é que alguns embriões encontram um útero acolhedor e muitos outros são descartados. Após três anos de espera, não havendo interesse dos pais, o destino é a lixeira, o descarte. Poderiam estes, ao invés de serem simplesmente descartados, obter uma destinação mais nobre do que esta? Neste caso fica difícil de negar que é preferível o experimento científico do que a lata de lixo, sempre lembrando que poderíamos tentar encontrar outros casais que quisessem ter o direito de desenvolver um destes embriões, que podem ficar congelados por muito tempo, inclusive para além de três anos.

Não podemos esquecer também que as pesquisas genéticas não se resumem às células-tronco embrionárias. Há muito estudo sobre o líquido amniótico que envolve o ser humano antes do seu nascimento, muita pesquisa a partir do cordão umbilical dos recém-nascidos, muitas possibilidades de criarmos bancos de cordões umbilicais e de medulas, medidas estas que podem também ajudar a salvar vidas.

Impõem-se sobre a Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Vida o aprofundamento desta e de muitas outras questões que envolvem a vida humana, bem como o respeito a todas as outras formas de vida. Não queremos garantir apenas o direito de nascer, que já não é pouco. Continuar vivendo com qualidade é o desejo de todo ser nascido e o desafio de todo eleito que quiser exercer com dignidade o seu mandato.

4 de abr. de 2008

Informativo Deputado Beto


Informativo Deputado Heitor


Informativo Deputado Miki




E nós, o que fazemos?

(Beto Grill - Pres. PSB Camaquã)

Tenho acompanhado a epidemia de Dengue que se alastra, principalmente, no município do Rio de Janeiro e que preocupa as autoridades sanitárias brasileiras.
É evidente a constatação que o Sistema Público de Saúde, o SUS, tem deficiências que se exacerbam sempre que existe uma situação de crise.
A Dengue, que é uma doença que tem sua prevalência em queda, nos últimos anos, no Brasil, apresenta este surto no Rio de Janeiro e com o agravante de estar indicando uma incidência bem maior de casos graves, da chamada Dengue Hemorrágica, que pode levar a morte do doente.
Depois de uma certa morosidade para estabelecer um plano e executar ações conjuntas do Município, Estado e União, as autoridades, por fim, estão oferecendo à população, principalmente às crianças, uma atenção mais efetiva, inclusive com a participação das Forças Armadas, que montaram seus Hospitais de Campanha para realizar consultas, exames laboratoriais e reidratação dos doentes.
Outros estados da Federação estão colaborando, deslocando médicos para realizar atendimentos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, está contribuindo com quinze pediatras. Eles realizaram capacitação específica para o atendimento de doenças infecto-contagiosas, como é o caso da Dengue.
Ao tempo em que presta assistência aos enfermos, o poder público realiza ações no sentido de prevenir novas infecções. Isto se dá, fundamentalmente, no combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. O objetivo é exterminar as larvas, detectando e eliminando, mecanicamente, os criadouros, que são recipientes, vasilhas com água parada e relativamente limpa e, quimicamente, através do uso de inseticidas. Por outro lado, desenvolve-se campanhas educativas e motivacionais,
Mesmo sendo uma doença própria de clima tropical, existe em solo gaúcho. Temos convivido com um aumento das temperaturas médias, e este aquecimento torna mais freqüente a Dengue no Estado, que embora com poucos casos, dobrou o número, este ano, em relação a 2007.
Assim, constato e pergunto. Observamos surtos de hepatites, de infecções hospitalares recorrentes. Convivemos com a Aids, gastroenterites, doenças que aparecem por falta de educação e boa prática sanitária. Temos críticas, amiúde, quanto à atuação do Estado no combate a doenças contagiosas como a Febre Amarela, a Malária e, agora, especialmente a Dengue que é transmitida por mosquitos.
Eu questiono: o que temos feito, de fato, cada um de nós, para colaborar com a solução do problema? Quem de nós já foi no pátio de casa, reuniu os vizinhos, mobilizou a Associação de Moradores para fazer, depois de cada chuva, um mutirão, localizar e destruir possíveis focos de criação de larvas? No seu terreiro, nos terrenos baldios, nas vias públicas? É indispensável esta intervenção que está ao nosso alcance.
Quem sofre as conseqüências destas doenças somos nós e os nossos familiares. Portanto, vamos fazer a nossa parte. Mãos à obra.

PSB de Camaquã presente na fundação da CTB Gaúcha

O Partido Socialista de Camaquã participou do Encontro Estadual de criação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, que ocorreu quinta e sexta-feira 27/28-03, no auditório da FETAG, em Porto Alegre.
Esta nova Central Sindical vem para ocupar um espaço de luta em defesa dos interesses dos trabalhadores, de forma independente e democrática, e já nasce grande, envolvendo cerca de 30 Federações e 200 Sindicatos por todo o Brasil, podendo chegar a mais de mil entidades filiadas até o fim do ano.
O PSB de Camaquã esteve representado pelo vice-presidente do partido Gildo Silva e pelo secretário do movimento sindical, Aclenei de Jesus.
No encontro foi eleita a primeira diretoria da regional do Rio Grande do Sul da CTB e o Sr. Aclenei foi indicado para o Conselho Fiscal da entidade.

Mulheres Socialistas promovem reunião



Na última quinta-feira 27/03, as mulheres socialistas promoveram uma reunião na sede do partido com a presença de 28 companheiras, para dar continuidade as discussões sobre o papel da mulher na sociedade e na política.
A Sra. Adauri Rosa coordenou os trabalhos, fazendo um relato das atividades desenvolvidas desde a última reunião e propôs um calendário para o mês de Abril.
Ficou estabelecida a presença das mulheres nas mobilizações do PSB todas as segundas-feiras, à tarde, na praça, na esquina democrática, quando o partido estará divulgando as atividades de seus deputados e a sua atuação municipal.
Também houve consenso na manutenção da campanha de filiações partidárias que tem obtido excelentes resultados, com um crescimento magnífico de filiados, de maneira muito expressiva, de mulheres.