30 de abr. de 2008

O Rio de Janeiro continua lindo

Beto Grill - Pre. PSB Camaquã

Passei uma curta temporada na Cidade Maravilhosa. Quantos contrastes, belíssimas paisagens, povo hospitaleiro, convívio com estrelas e celebridades, entremeadas com a Dengue, a violência e a poluição.

Participei nos dias 25 e 26 de abril de um seminário nacional do Partido Socialista Brasileiro que oportunizou a qualificação dos dirigentes partidários e dos pré-candidatos a prefeito e vice prefeito de todo o Brasil. Discutiu-se Reforma Urbana, Saúde e Educação através de painéis que contavam com a participação de autoridades nos assuntos.

Agora, o ponto alto do evento foi, sem dúvida, a troca de experiências entre prefeitos, provocadas por apresentações de modelos de gestão de administrações socialistas que receberam destaque. Quanta coisa boa está se fazendo neste país! É possível inovar. Desenvolver projetos de cidades educadoras e inclusivas. É possível incrementar a economia do município e fazer a distribuição de renda, através de políticas públicas voltadas para o conjunto da população.

Debatendo, aprofundando os temas propostos e, no domingo reservado ao laser, admirando o Rio de Janeiro de cima, do alto do Corcovado, aos pés da estátua do Cristo Redentor, fica impregnada na retina a beleza incomparável, a magnitude, a magia do lugar e fica também a certeza que temos que cuidar, com carinho, com atenção, das nossas águas, bem maior da humanidade. Lá de cima do morro, se observa uma imensa cidade cercada de montanhas ao norte e ao oeste e convivendo intimamente com o mar, ao leste e ao sul. É muita água. É água poluída, são esgotos ainda sem tratamento, sujeira na beira das praias. Estão judiando da natureza.

Este contraste faz a gente refletir. Faz ver e reforçar a necessidade de se estabelecer barreiras. De não ficar parado. Procurar não poluir, não contribuir para a piora do quadro é muito pouco. Temos que passar a fazer parte da resistência, da luta pela melhora do manejo e do uso das águas.

Aí volto a Camaquã, a nossa região, servida de rios importantes e às margens da Lagoa dos Patos e constato que temos, imediatamente, que desenvolver um projeto que viabilize um avanço científico no aprofundamento do conhecimento de nossa importante riqueza hídrica e das formas de melhor aproveita-la.
Propor e executar um projeto que sirva não somente para a região. E sim construir uma estrutura que permita buscar as melhores soluções de manejo das águas para todo o Rio Grande e para o Brasil. Porque não, Camaquã sediar um CVT – Centro Vocacional Tecnológico das Águas. Um polo irradiador de ciência para todo o país e, ao mesmo tempo um novo fator de desenvolvimento para a região.

Temos tudo para pleitear e tornar realidade este desafio. Uma bacia hidrográfica complexa. Obras de barragens e um sistema de canais que modificaram o regime natural. O comportamento dos rios, da lagoa e do Oceano Atlântico, em cadeia. Universidades com experiência na área em Rio Grande, Pelotas e Grande Porto Alegre. Um consórcio de bacia já em funcionamento há algum tempo.

Está aí uma proposta concreta e exeqüível de desenvolvimento. É o novo. Aplicável ao presente e de olho no futuro. Basta querer e trabalhar.

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