17 de dez. de 2010

Seminário apresenta transversalidade e traça mapa estratégico do novo governo

Após dois dias reunidos, o governador eleito e os futuros secretários estaduais traçaram na tarde desta quarta-feira (15) um mapa estratégico do governo Tarso Genro. Todos deixaram o Hotel Plaza São Rafael, na Capital, com noções de como aplicar na prática os conceitos presentes no programa de governo, tanto nas estruturação das secretarias e demais órgãos, quanto nas ações do Executivo.

No seminário “Democracia e Gestão: Bases conceituais para o alinhamento estratégico do novo governo”, promovido pela equipe de transição em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os integrantes do primeiro escalão do futuro governo exercitaram o princípio da transversalidade, que irá nortear a gestão. Além de todos os secretários, também participaram do encontro assessores e futuros dirigentes de órgãos públicos.
Na abertura das atividades, na terça-feira, o governador eleito apresentou as diretrizes da nova administração. “Aplicando a transversalidade nós vamos potencializar a qualidade da máquina pública e vamos poupar recursos. Não haverá superposição de projetos e não vão ocorrer gastos inúteis. Além disso, nas secretarias, as iniciativas do governo terão grande interação e sinergia, fortalecendo as ações estratégicas”, ressaltou Tarso Genro.

O governador ainda destacou como objetivos programáticos estratégicos para o governo a qualificação da máquina pública, a participação da sociedade, elaboração de projetos, mobilização por recursos, transparência e combate à corrupção e a consolidação da coalizão. Em seguida, os participantes prestigiaram as palestras do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, do professor Giuseppe Cocco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e do economista Ladislau Dowbor. “Esta proposta de transversalidade é a constatação de uma nova política que começou a ser feita no governo Lula e no âmbito regional pode ser muito mais intensa”, afirmou Garcia.

Na quarta, os trabalhos foram dividos em grupos que avançaram em temas pontuais e propostas que podem ser apresentadas em conjunto pelas secretarias. O sociólogo Marco Aurélio Ruediger, da Fundação Getúlio Vargas, coordenou as atividades: ” O que estamos aplicando são os princípios presentes no Programa de Governo e na Carta ao Gaúchos e Gaúchas, importantes documentos que foram apresentados durante a campanha e que vão dar sustentação ao Governo que pretende ser inovador”.

O seminário cumpriu seus objetivos, segundo o chefe de Gabinete de Tarso, Vinícius Wu, já que deixou a linha de governo clara e mostrou como conceitos presentes nos documentos apresentados durante a campanha se harmonizam e constituem ações práticas. ”Esse encontro cumpre um papel fundamental para a preparação do início do governo e na preparação de uma estratégia comum. Será um governo que define claramente seus objetivos evitando a dispersão e a fragmentação”.

Para o vice-governador eleito Beto Grill, o evento serviu para que o novo governo comece a mostrar sua cara: "Estamos provando que o discurso de campanha e o programa de governo elaborado pela Unidade Popular não serão apenas promessas. Com esse seminário, estamos mostrando nossas intenções para o povo gaúcho, que depositou sua cofiança em nosso projeto e nos colocou no comando do Estado pelos próximos quatro anos", afirmou.

Objetivos programáticos estratégicos do governo Tarso

- Desenvolvimento econômico e social direcionado para o combate às desigualdades sociais e regionais. Inovação, qualidade, ciência e tecnologia;- Sistema inédito de controle e participação popular cidadã;
- Rio Grande do Sul centro do Mercosul: político, econômico e de políticas de coesão;
- Rio Grande do Sul, exemplo de políticas públicas, de proteção social e de combate à miséria;
- Rio Grande do Sul, exemplo de transparência e combate à corrupção. Diálogo social ampliado e qualificação do espaço da política;
- Consolidação da coalizão. Transversalidade e Integração (partidos e Casa Civil);- Organização do Governo: estrutura, controle e participação popular cidadã (Secretaria Geral; CDES; Secretaria de Planejamento; Gabinete; Casa Civil);- Elaboração de projetos que necessitam investimentos e busca de financiamentos;
- Qualificação da máquina: diálogo permanente com os servidores. Concursos e salários; – Relação permanente e qualificada com a Assembléia como instituição e com os deputados e suas bancadas

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