14 de set. de 2010

“O Rio Grande do Sul está cansado de conflito”, diz Tarso em entrevista à Bandeirantes


O candidato Tarso Genro foi o primeiro a ser entrevistado na Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (13) à tarde. Ele iniciou a série de entrevistas que o Programa Conexão Bandeirantes fará ao longo da semana com os candidatos a governador do Estado.

Tarso enfatizou ao longo da conversa com os jornalistas e convidados que a vontade política dos gaúchos é de se inserir no cenário nacional e mundial. O Rio Grande está cansado das situações de conflito que foram uma característica regional em períodos anteriores: “o Rio Grande do Sul está cansado (desse conflito) e nós aprendemos isso. Isso não é um aprendizado só nosso, os outros partidos também aprenderam.”
Questionado pelos jornalistas disse que, se eleito, o PDT será convidado a participar do seu governo.

O candidato considerou que as denúncias da última semana, envolvendo a governadora Yeda Crusius, devem ser tratadas pela polícia, pelo Ministério Público e pela Justiça. Na campanha eleitoral deve ser feito o debate das políticas para o Estado.

Sempre questionado pelos jornalistas, disse que as secretarias de Estado serão reorganizadas. A Segurança Pública será mantida como secretaria. Ele reafirmou o compromisso de criar a Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo.

Lembrou que, ao sair do Ministério da Justiça, deixou R$ 500 milhões para projetos de construção de presídios, do programa que pretende separar os jovens infratores dos reincidentes – uma das formas de trabalhar na recuperação dos jovens apenados. Salientou, no entanto, que só receberam recursos aqueles Estados que enviaram projetos. Tarso também abordou a necessidade de uma reforma no Sistema Processual Penal brasileiro, que depende do Congresso, porque tem que ser votado.

Sobre as instituições brasileiras, disse que o Brasil não pode ser comparado à Venezuela, temos instituições fortes, três ou quatro partidos políticos grandes, não há o perigo do militarismo. “Vamos estabilizar o Rio Grande do Sul porque o Brasil o Lula já estabilizou”, comparou.

O candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande lembrou que no dia 24 de setembro será realizado o comício final da campanha, com a presença de Dilma e Lula. Questionado sobre a possibilidade de vencer já no primeiro turno foi enfático: “O PT não está de salto alto”.

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